Methadone forever kid

 Antes de tudo preciso confessar que me enche de alegria ver que ainda existem pessoas ativas nessa pequena rede que críamos. Meu primeiro blog foi de 2010 (acho que vale a pena ler a primeira postagem) e já são 12 anos indo e voltando para essa prática. Nunca me arrependo de retornar. É algo que dá sentido aos meus dias. Não terei tempo de comentar em vossos blogs ainda hoje, mas assim que possível o farei.  Tenho tido muito constrangimento de ser quem eu sou. Sou assombrada por todas as oportunidades que recebo e como a desperdiço deitada na cama olhando o Twitter. Sinto que demoro 5 dias para terminar o que para outras pessoas é uma prática de rotina. Já escrevi outra postagem mais elaborada sobre esta dinâmica - mas no geral eu postergo as minhas obrigações mais urgentes e não me permito nem ao menos me dedicar aos hobbys que me garantem um senso de identidade, pois sou coberta por uma culpa de não estar focando no que é importante. Então o meu tempo, este bem tão precioso...

Enrolei muito para escrever aqui e sinto que só vou começar o meu ano quando conseguir botar em palavras tudo o que me ocorreu no último mês. Sigo muito relationship oriented, no sentindo que acontecem milhares de coisas na minha vida e as únicas que dou valor são aquelas que tem algum impacto na minha vida amorosa. Queria mudar essa mentalidade, inclusive quero que escrever aqui seja uma forma de alterar isso.  Estou, sem exagero algum, enrolando para fazer essa postagem desde o dia 07 que foi quando voltei de viagem. Hoje é dia 17 e estou levemente chapada de codeina por conta da cirurgia que fiz na sexta-feira (extraí 3 sisos) Mas voltando sobre a viagem, em Niterói foi tudo fascinante. Foi bom encontrar com meu irmão, com os meus amigos. O dia que passei com o B. em Itacoatiara e a rave no dia 25 foram certamente os pontos altos da viagem. A festa de Ano Novo também aproveitei bem, principalmente considerando que o L. me mandou um áudio confessando que eu fui a melhor coisa que...